08/08/2014

DreamCatcher


Os Ojíbuas acreditam que, quando a noite cai, o ar se enche de sonhos, bons e ruins. Alguns destes sonhos, mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem importante do Grande Espírito para nós. É justamente para separar estes sonhos e energias ruins que existem os dream catchers e conta a lenda que começou da seguinte forma:
Diz ela que antigamente havia duas tribos em guerra. A raiva e o rancor que geraram energias desarmônicas, que faziam com que as crianças tivessem pesadelos. Então a deusa grande mãe búfala desceu à terra e pediu ao xamã da aldeia que fizesse um aro com um galho de salgueiro Os bons sonhos sabiam para onde ir, passando pelo furo central. Aos primeiros raios de sol, as energias ruins se dissipavam.
Apesar destes amuletos terem tido origem entre a nação Ojibwa, durante o período do Movimento Panameríndio (ou the Pan-Indian Movement, em inglês) das décadas de 1960 e 1970, esses foram adotados por muitos outros grupos e nações indígenas da América do Norte, sendo considerados um símbolo de união e de confraternização entre os póvos ameríndios do norte do continente. Muito embora certos indivíduos e coletivos indígenas tenham expressado a opinião de que houve uma super-comercialização desse objeto, e que carecem da devida autenticidade para poder servir de emblema geral aos povos originais da terra.
A tradição manda que as teias coloridas sejam penduradas sobre o berço dos bebês e a caminha das crianças. Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseguem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os sonhos ruins ficam perdidos e acabam presos nos fios. Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos maus desaparecem.
Uma pena é colocada no centro, representando o ar ou a respiração, essencial para a vida. O bebê, observando a pena dançar ao vento, aprende uma lição sobre a importância do ar. Além disto, a pena de coruja, feminina, simboliza a sabedoria. A pena de águia, masculina, serve para dar coragem.

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